"É fundamental criar solidez legislativa"
Tiago Pitta e Cunha apontou várias disfunções à economia azul e deixou três linhas de actuação para que Portugal possa ter sucesso no desenvolvimento deste sector: aposta nas grandes cadeias de valor, relegitimização dos sectores tradicionais e criação de um país atractivo.
Especialista em políticas do Oceano e Assuntos Marítimos, Pitta e Cunha considerou que a aprovação para breve da Lei de Bases do Espaço Marítimo, anunciado por Assunção Cristas que iniciou os trabalhos da Conferência DN Mar, "é fundamental para criar a solidez legislativa" ao desenvolvimento da economia azul. Um factor "determinante" para atrair investimento para Portugal nesta área.
E para dinamizar este sector, que vale 4 mil milhões de euros (cerca de 2,5% do Produto Interno Bruto), caraterizado por "micro-empresas com uma gestão antiquada, com falta de inovação e pouca tecnologia", Pitta e Cunha destacou o papel do Estado. Um Estado, apontou, que tem de deixar de ser "profundamente desinteressado da economia do Mar e complicador do seu desenvolvimento", para um Estado "interessado e facilitador" do investimento no mar.